sexta-feira, 12 de março de 2010

O CIRCO DOS SENHORES DOS ANÉIS

Então! Meu nome é Genilson Pulcineli. Numerologicamente, Genillson de Pulcinely.

Sou escritor, diretor de teatro, cenógrafo e figurinista.

Já escrevi coisas belíssimas e já escrevi porcarias (embora eu goste de todas) Já dirigi peças deslumbrantes e já dirigi penicos cheios. Embora eu goste de tudo também.

Agora estou querendo enveredar para o cinema, coisa que nunca fiz. Por enquanto, apenas roteiros. Ando trabalhando a minha arianice, tentando que ela seja um pouco mais sistemática. (ledo engano... risos. Nunca chegarei lá! Mas ninguém vai poder dizer que eu não tentei!)

E como bom e convicto ariano, com ascendente em Áries e lua em Leão, eu abro caminhos e incendeio a floresta. Para atender a leoninice, necessito a mais absoluta e cristalina diferenciação. Nada meu pode ser comum.

Bom, para inaugurar a minha fase cinemística, resolvi escrever um roteiro sobre bruxas, bruxos, fadas, deusas, deuses, sacerdotes, sacerdotisas, clãs, covens, groves, círculos, athames... ah! RPG também, porque uma coisa não vive sem a outra. E aqui não vai nenhuma ironia ou comentário a mais. É porque o roteiro trata do momento presente. Fadas e internet. Cibernética e athames. Por isto a mistura de RPG e caldeirões.

Calma! Calma. Não é essa a diferenciação notável que apresento. Sei que bruxas e caldeirões (ixi... ia me esquecendo das vassouras! Não posso. Vou já fazer aqui uma anotação para que não me olvide, dentro de toda essa excitação em que me encontro).

O que? Olvidar? Não entendeu? Olvidar significa esquecer.

Isto me lembra uma bruxa, de hoje, contemporânea mesmo – ela não sabe jogar RPG. Diz que não gosta. Eu acho mesmo é que ela não sabe e fala assim, para disfarçar – que uma vez me escreveu, preocupadíssima, porque havia um erro ortográfico em um texto meu, no meu outro blog. Eu havia escrito necedade e ela, humanitariamente, quis me ajudar para que eu corrigisse para necessidade. Fui compassivo, juro! Mas eu queria mesmo dizer que a perfeita e acabada necedade dela não permitiu que ela entendesse que não era, de fato, necessidade. Coitada. Hoje ela anda por aí, assim, de copo em copo, jurando umas mágoas, umas dores...

Mas então... (puta que pariu, esse meu mercúrio na casa 12 em quadratura com marte me faz ser sempre, redundantemente, prolíxico)... voltemos à característica diferencial do meu roteiro. Não me ocorre ter visto algo parecido em todo lugar.

É assim, prestem atenção!

Eu vou propor determinadas personagens (sim, personagem é um substantivo feminino. Mesmo os homens são as personagens.). Isto significa que há homens e mulheres no roteiro e todos são as personagens desse mesmo roteiro. Entenderam?

Eu desenho as personagens, dou a elas uma cara e um tipo físico e umas parcas e ralas pinceladas sobre o tipo psicológico de cada uma.

Defino e determino o tempo e lugar da ação. Indico elementos geográficos, climáticos, físicos e alguns elementos do guarda roupa pessoal de cada uma. (ai, minha deusa do xale de pois! A minha Vênus em touro já começa a se contorcer em iracundo furor só de imaginar que eu vou ter que me inspirar nas roupas e acessórios das bruxas que jogam RPG) . Embora não seja um documentário, eu necessito ser próximo do fiel. É uma escolha pessoal.

Eu crio e relato alguns fatos que são determinados para a identificação e construção de cada personagem. E nesse caso, Senhores, qualquer semelhança com a vida real, fatos ou personagens verídicos é mera e fortuita coincidência.

Pois bem. O que tem de novidade nisso?

A novidade nisso é que cada um dos meus leitores – isso se a faculdade volitiva de cada um assim se propuser – vai acrescentar fatos, ações, relatos, falas, filhos, amigos, grupos em cada uma.

Será uma criação multiautoral!

Não é genial?

Teremos, ao final, personagens complexas, completas, cheias de nuances, que só uma multitude de cabeças pode criar e acabar por definir. Construir. Forjar! Nenhum Xavier de Montepín ou nenhum Gilberto Braga conseguiria, jamais, ser tão amplo em qualquer personagem.

Puta que pariu! Já imagino a perfeita, contundente, profunda, ctônica e plutojupiteriana complexidade de cada uma! Personagens reais... essas que fazem cocô, tiram macacos do nariz (tirar macacos do nariz, em Portugal, é o mesmo que tirar meleca no Brasil, ou tirar ranho, no Nordeste). Personagens palpáveis e encontráveis em qualquer jogo de RPG – ai meu deus dos petshops! Desculpem, parece prevenção minha. Não é! RPG aqui foi usado, genericamente, como “qualquer esquina”. Entendem?

O que acham da minha idéia?

O que eu quero é que cada um que se inspire, faça um comentário sobre cada personagem, suas ações, suas detrações, suas retrações, suas difrações, suas refrações.

Qualquer comentário pode ou não ser inspirado em seres ou fatos reais – nesse caso de seres reais, Senhores, tratem de ser cuidadosos para disfarçar bem. Bruxas contemporâneas são, em geral, feias, gordas, mal amadas e magoadas – claro, quem não seria nessas condições, não é mesmo? – e mulher magoada?! Minha deusa dos sutiãs queimados! Nem Hitler pode com elas! (aliás, Senhores, Dilma Roussef é magoada... o que será do nosso País?) Que Satã nos ajude nesse inferno!

Então, posso contar com vocês todos?

Qualquer comentário será de enorme e relevante ajuda. Acreditem.

Vamos avante?

O CIRCO DOS SENHORES DOS ANÉIS (título provisório)

Um comentário:

  1. Concordo com voce!!!
    Mas por que seus posts sempre falam de seres taum distantis de voce?
    Voce naum consegue falar de voce então, deixa a descição e indiscriçao com nomes distantes pseudo personagens (ou seriam pseudo pessoas?)

    Eu acho que voce ao contrario de todo mundo, naum quer aparecer... quer sumir e ser esquecido. então faz o chamado nuvem de poeira, olhem pra o fulano! pq eu nao estou aqui...

    fala da sua propria sujeira um pouco...

    ou, será que o que voce comenta de outros na verdade num é o seu reconhecimento, espelhado no outro?

    nao sei... mas ainda assim, de dezafio.

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